domingo, 27 de outubro de 2013

A invenção do grampeador

De vez em quando me pego pensando em coisas “nada a ver”. Tipo assim, quem inventou o grampeador?

Bem, aquele equipamento esta ali na minha mesa. Uso todo dia, crek crek pra cá e pra lá. E analisando sua anatomia, vejo que parece ser simples, mas alguém parou, sentiu a necessidade, pensou , dedicou um bom tempo de sua vida para cria-lo. Depois estamos aqui usando a benfeitoria e não sabemos ao menos sequer quem teve a bondade de inventa-lo.


Quem inventou os clipes? O fecho éclair? A máquina de costura? Bem, se você googlear, vai ver direitinho quem foi. Alias quem inventou esse google devia ser canonizado.  Praticamente tudo você encontra ali. Mas o interessante, é que muitas pessoas criam muita coisa todo o tempo, e nós utilizamos como se fizessem parte da gente, e nem questionamos como aquilo foi feito e veio parar nas nossas vidas.

Hoje temos criadas mais coisas complicadas, que fogem ate da nossa reles compreensão, como aquele acelerador de partículas, tentando criar a partícula de Deus.  Poderá no futuro do futuro do futuro do pretérito, alguém nem saber quem foi o autor de tamanha engenhosidade. Tanto esforço, tanto empenho...

Geralmente lembra-se de obras de arte. Acho que é porque levam a assinatura, senão o autor/artista também teria o mesmo destino.

E vamos passando pela vida desse jeito. Esquecemos ate dos nossos parentes descendentes. Você sabe quem é seu tataravô? E o tataratataravô? Bem, é engraçado né. Vemos só as coisas próximas. Cadê nosso grau de distanciamento? Por que temos uma memoria tão curta? Vixe, e eu nem sei responder.

Podíamos inventar um dia para celebrar essas invenções, que nos facilitam a vida. Digo homenagear os criadores delas.  Um dia para agradecer os gênios das historia. Seria o mínimo não acham?


(A titulo de informação: “O primeiro grampeador foi patenteado pelo inglês C.H. Gould, em 1868. Ele usou o grampeador para pregar solas de sapato!”, mas o grampeador para papeis foi criado para uso do rei Luís XV, mas não há menção de quem o fez).

Essas e outras curiosidades estão listadas interessantemente num blog, com um vídeo do youtube. Vai ai o link, pra quem tem curiosidade!


Beijos!


Sâmia

domingo, 13 de outubro de 2013

Banguelice

Não gosto de sonhar com dentes. Dentes caindo. Banguelice. Aff! Dia desses minha amiga CNM disse que sonhar com isso era coisa ruim. Nan. Prefiro não acreditar. Ou Achar que o que for ruim , é porque era pra ser melhor. Ponto.

Muitas das idas a Sampa, eu  ficava por ali perto do centrão mesmo. Pra facilitar a logística das compras.  Imagina o lugar “seguro” e bacana ao redor: Cracolândia, bêbados, ui!  Era entrar no hotel (que tinha que ser bom), mas esquecer que tinha vida ali fora.  Afinal era só pra trabalho mesmo. Triste mas, realidade.

Certa noite após um dia de compras pra loja, resolvermos comer em frente ao hotel. Eu e  uma amiga. O lugar era ajeitadinho e fomos. Ela estava fazendo regime e tentou comer pouquinho, saudavelmente. Eu comi bem  e ainda comi pudim de sobremesa.

Após jantarmos, atravessamos a rua para o nosso hotel. Ao entrar no saguão , ela  avistou uma freezer de picolés. Ainda com vontade de comer sobremesa disse:

- Oba! Vou tomar picolé de limão! (imaginava ela ser mais apropriado para a ocasião).


Comprou e subimos as duas pro nosso andar.  No quarto, ainda chupando o delicioso sorvete gritou pra mim:

- Amiga!!!! Meu dente caiu!

- ?????? - Como assimmmm? (imaginei que estava brincando) Chupando o picolé????

- Caiu! Caiu! Olha aqui!! ( e me mostrou o dente ....  entre os  dedos).

Olhei pra ela e vi uma moça tão bonita com uma boca desdentada. Era um dos dentes da frente!!  Imaginei o pior. Cedo do outro dia íamos pegar o voo. Estávamos praticamente Ilhadas, Já era tarde. Onde poderíamos implantar um dente a uma altura dessas? Ao mesmo tempo so me veio a mente a imagem do tiririca  –  e em  como ela ia pegar o avião com aquele “sorriso”).

- Amiga, e agora?????? Perguntei.

- Amiga, pelo amor de deus, vai lá em baixo atrás de super bonder.

- Tu vai colar o dente???

- Vou!!

-Aonde????

- No outro dente!!!!

Tadinha pensei. Até pra ela descer e comprar a cola estava complicado. Como ela ia pedir a vendedora uma cola, colocando a mão na frente da boca?? Ninguém ia entender. E uma moça tão bem parecida não podia aparecer assim.

- Mulher!!  Como é que esse dente caiu??

- ahhhh.... já aconteceu outra vez... O retardado do dentista arrancou dizendo que era pra ajeitar a dentição. 

Esse aqui é uma prótese. Fez isso comigo e minha irmã... Santa ignorância.  E já caiu outra vez. Colei com super bonder!!

Bem se ela já fez isso, quem sou eu pra questionar. E fui eu lá em baixo atrás da super cola. Como não tinha na lojinha, resolvi a ir a farmácia do próximo quarteirão. Saí correndo pelas ruas , acreditando que podia ser atacada a qualquer momento.  Tudo pela amizade!

O dente foi colado. Bem direitinho.  O sorriso restabelecido. Deu pra chegar com segurança à Fortaleza.

E então: É melhor sonhar ou perder um dente?


Beijos!

Sâmia


terça-feira, 8 de outubro de 2013

Dicas pra não ficar pro caritó


Algumas pessoas me questionam sobre o nome do Blog: caritó Nunca Mais. Disseram que parecia que eu daria dicas de como não ficar pro caritó, ou como agarrar um homem/marido/namorado. Algo do tipo. Pois bem, este post trará dicas para o caso.

Preste muita atenção, pois a ultima dica será a mais importante:

Dica numero 1: Se olhe no espelho.  Você gosta do que vê? Bem se a resposta for sim ótimo. Se não corra pro salão.

Dica numero 2: Você tem amigos? Se tem ótimo. Eles serão uma excelente opção para fazer novos e/ou arranjar paquerinhas. Se não, matricule-se num curso.  Faça amizades.

Dica numero 3: Você sai costumeiramente? Se sim, ótimo.  Se não, descubra lugares, explore novos ambientes, pois nenhum príncipe bate a porta de ninguém. Não vi nem em contos de fadas.

Dica nunero 4: Você tem bom humor? Se sim ótimo. Se não minha querida trate de abrir mais o sorriso, pois ninguém gosta de alguém que seja carrancuda ou mal amada.

Dica numero 5: Você sabe dançar? Ao menos se balançar? Se sim ótimo. Se não, aprenda a curtir uma musica.

Dica numero 6: Quantos banhos você toma por dia? Se disse 2 ou mais, ótimo. Se menos que isso, reveja seu conceito sobre higiene e limpeza. Cheiro bom atrai pessoas. Perfume-se, mas limpinha viu? (cheiro de azedo ninguém merece!).

Dica numero 7: O bafo esta ok? Se sim ótimo. Se não corra pro dentista. Ninguém, minha filha, mas ninguém beija alguém com mau hálito. Você pode ser a mais bela de todas as mulheres, mas se abrir a boca e sair um esgoto... Tchau!

Dica numero 8: Você se mantem informada? Se sim, ótimo. Se não, cuidado. Tudo que você fez antes não se sustenta se você não tiver papo.

Dica numero 9: Você é ansiosa? Se não ótimo, mas se sim espere e conte ate dez. Pense que você fez tudo certinho ate aqui, mas pode estragar por não conseguir segurar a ansiedade: ligar pro cidadão antes que ele tenha a chance de sentir ao menos um pingo de saudade é crime inafiançável! Controle-se!

Dica numero 10: ESQUEÇA TUDO QUE EU DISSE. Não existe fórmula pra você encontrar sua alma gêmea.  Cada um tem uma história que pode ser igual ou parecida ou completamente diferente de muitas outras pessoas. Cada par é um par. Cada ser é um mundo.  Cada um é um.

Mas a dica importante mesmo que dou é a seguinte: Você se gosta? Gosta de ficar sozinha? Pois eu lhe digo:

Se você conseguir ser pra você a melhor de todas as companhias, Nunca estará no caritó.

Isso eu garanto.

Beijos!

Sâmia

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Batida assegurada


Bater o carro é sem dúvida um tédio. Aliás tédio não, é o tipo da coisa que não devia nem acontecer. Um saco mesmo.  Se for algo bestinha que só arranhou o para-choque, ok, você até deixa pra lá e conserta outra hora. Mas quando não da pra escapar de levar pra oficina é de matar.

E quando você bate fora do seu país? Tipo assim, numa viagem a América???  Putz, deve ser piorrrr!!!! Mas deixa que eu te diga que nem é tanto não! 


Por isso deixo aqui minha dica de viagem: NUNCA VIAJE SEM SEGURO NO CARRO ALUGADO.

Bem, estávamos nós numa época, digamos, de compras. Lá pro lado de  Miami. Eu e minha ex-sócia, pela primeira vez sem os respectivos fora do país, pegando um carro com GPS, alguns anos atrás. Nós não tínhamos assim tanta intimidade com aquele equipamento, e ao pegarmos o dito cujo passamos algum tempo ainda andando em círculos, ao redor do aeroporto.

Quando começamos a dominar, e pegar o jeito, o negocio andou. Confesso que estar na terra do tio Sam, com aquelas vias hiper-ultra-mega rápidas, não é pra qualquer motorista. He-He.

Já estávamos bem acostumadas com o transito e  dominando o estilo do tráfego de lá. Muitas entradas. Muitas saídas. Não erre nenhuma minha senhora, se não quiser dar uma voltona.

E lá nos encontrávamos saindo de uma loja. Minha companheira de compras dirigia. (eu já lhes falei no vicio que ela tinha por doces? Pois bem, viajava com um saco de chicletes e pirulitos dulcíssimos).  Vos falo isso, porque naquela hora abrimos um pirulito bem vermelhinho e redondinho, e estávamos chupando a toda o docinho.

Quando de repente:

(CRÁSSSSSSSS)

- !!!!??????? (Pensei)

Minha amiga me olhou.

- O que foi mulher??????

- Batemos  o carro! Disse ela. (detalhe pro batemos)

- Como?????? Esse solavanco foi uma batida????

- Foi!!!!!! E agora????? O que a gente faz????

(Bom, se estivéssemos no Brazil, ligaríamos pros maridos, que iriam ao local, que negociariam com o outro motorista, e que sem negociação, seria chamada a pericia e de repente até o juizado móvel). Ai falei:

- Bem, já que você fala inglês melhor do que eu, vai lá falar com o motorista do outro carro pra tentar descobrir como vamos fazer aqui.

E assim ela fez. Saiu do carro, foi e voltou:

- E ai?? Eu disse.

- Não entendi nada!!!!

- Como assim não entendeu??

- Nadaaaa! Não entendi  nada!!! E entrou batendo a porta do carro.

 E agora o que a gente faz?? Perguntava ela aperreada. Pensei em ligar pro seguro, e fui tentar achar a documentação.  Era ligar e se preparar pra coçar os bolsos com o valor da conta telefônica.

De repente a gente olha pra trás, e tem um caminhão Guincho enorme atrás da gente. (Será que já vao rebocar nosso o carro???) Não deu nem 5 minutos!!!!

Do lado de fora o “Negrão” gritava com os pulmões:

- Go there!!!!! Go there!!!!! Go there!!!! E apontava pro acostamento.

Minha amiga disse que a mulher no outro carro estava muito nervosa. E que ela estava preocupada. Queria voltar pra falar com ela quando de repente o seu marido aparece. Ao mesmo tempo, o rapaz do guincho só gritava pra gente tirar o carro dali. O senhor, marido da motorista, que falava russo (isso!!! Russo!!!! E por esse motivo não entendeu nada!!!) queria que a gente ficasse plantada ali. Até explicar que não estávamos fugindo...

Chega o carro da policia. Nos dirigimos pro acostamento, e agora sim, iriamos contar o acontecido.

- So, what happened here??  (então o que aconteceu aqui?).

O senhor desenhava com pedras no chão pra explicar a batida. Não falava uma vírgula de inglês. E Nós estávamos ali assumindo o sinistro. O policial foi ate bem razoável. Então recebemos uma multa pela “culpa”, que facilmente pagamos no saguão do hotel, com um simples envelope. Primeiro mundo é outra coisa.

Pra explicar e ser bem objetiva, lá seguro serve pra mim, segurada. Ponto.  Se o outro motorista tem, ótimo. Mas se não tem, problema dele. Aqui ficamos discutindo quem paga a franquia, no meio de uma avenida movimentada, atrapalhando o transito da cidade toda; formando quilômetros de engarrafamento. Sim para resolver o caso de duas pessoas. Dois motoristas. E o resto dos 1254 carros que se lasquem. Bem assim é o Brasil. Lá a preocupação é reestabelecer o transito, pelo bem da maioria. E o guincho veio, só pra garantir, pois nunca se sabe da gravidade da batida. Como já disse, primeiro mundo...

Resolvemos tudo ali na viatura. Rapidinho. Com o computador de bordo do policial e tudo mais.  Depois levamos o carro pra locadora que nos entregou outro carro i-gual-zi-nho, sem nem pestanejar. (Tá vendo a importância do seguro?).

E tudo isso, chupando pirulito!!!


Bjs

Sâmia 


  

domingo, 6 de outubro de 2013

Matracas de avião


Ter medo de avião é relativo. Aprendi que com o tempo você consegue domina-lo. Além das dicas usuais como um filme pra entreter, musica pra não ouvir o barulho da turbina, sentar à janela, olhar pra fora da janela, e ainda sentar nas dez primeiras fileiras;  você pode também se entreter com um bom papo.

Tenho uma amiga que é uma matraca ambulante. Fala pelos cotovelos. As historias rendem quilômetros de conversas... E assim íamos tagarelando a viajem toda de Fortaleza à Sampa, para nossas atividades comerciais.

Certa vez ao chegar ao aeroporto para embarque em Fortaleza, ela me disse que “quase” não ia, pois lhe tinha acometido uma cólica repentina. E eu perguntei se estava bem, e ela disse que sim e assim fomos fazer o check-in com destino a São Paulo.

Ao passamos pelos detectores, minha amiga disse que iria comprar um chiclete para não estourar os tímpanos no voo. Como estávamos atrasadas, fui logo me dirigindo ao portão de embarque. Nesse dia minha mãe me acompanhava na viagem e ficamos ali esperando ela retornar. E passaram as grávidas, passaram idosos, pessoas com crianças de colo, cartão vermelho da TAM, periquito e papagaio.  A Fila terminou, entrou todo mundo e nada da amiga voltar. Mais um tempo se passou e o comissário de bordo sugeriu anunciar no alto falante.  E Assim o fez. Eu estava atordoada, imaginando ela com cólica, fazendo o numero dois e, por estar no banheiro não ouvir a “ultima chamada”.

Pense no aperreio! Cadê a mulher meu Deus! Logo a minha companheira de falação!

 - Mamãe, sem ela não vou!

 E sai correndo em direção ao toalete, que, detalhe, estava na outra ponta do aeroporto. ..

Na direção contraria vinha ela, a toda, pra não perder o voo.

- AMIGA ONDE TU SE METEU???? Perguntei.

O que houve era que tinha entrado no portão errado. Viu somente a hora do embarque e tratou de ir pro avião. Só notou a coisa errada, porque nós que deveríamos estar sentadas ao lado não estávamos; e bem sentada que estava, ouviu o anuncio do comandante com o destino à Brasília,  e se tocou de perguntar.

- Moço esse avião vai pra onde??? Gritou da cadeira pro comissário.

 - Pra Brasília!!!!!

Dai, catou a mala e saiu do avião errado... E Correndo né, pra não perder o voo pra Sampa.

Era costume termos historias pra contar a cada viagem. Era bom também ter alguém pra te distrair o voo todo. E nesse dia fiquei garantida, matracando o voo todo...

Se você tem alguém assim, ótimo! Sente ao lado e vá sem medo! Senão compre um bom livro, que te entreta a viagem toda, ou um bom filme pra assistir no ipad.

Mas se você é daquelas que nada disso adianta, apele pra tarja preto mesmo.

E bom voo.


Sâmia

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Dilema da carne

Sempre tive/tenho vontade de parar de comer carne. E continuo comendo porque na verdade abstraio que aquilo que levo à boca é um pedaço de um animal. É mais contraditório ainda o fato de eu querer fazer gastronomia qualquer hora dessas. Sim porque terei que aprender a lidar com um monte de tipos de carnes, aves peixes...

 Essa semana  vinha pensando, enquanto dirigia,  em um filet  ao molho de queijos. Pensei tanto que cheguei a salivar. Até dobrar na esquina de um frigorífico e presenciar o  caminhão da entrega de carne com os defuntos  pendurados ali...  É quando me lembro que tenho que parar... Que sofrimento dos bichinhos... Me doe de verdade e parte o coração.

Frango hoje como praticamente dentro de uma empada ou coxinha., quando o produto não parece um bicho. Acho que por ter acompanhado o sacrifício de uma penada, quando fazia o colegial. Ver aquela bichinha ali morrendo doeu muito. Ainda lembro nitidamente daquele dia.

Não vejo diferença em parar de comer carne vermelha e passar a comer só peixe, ou só frango. Continuará sendo animal não é mesmo? Por isso quando acontecer sera de vez. Sem opções de troca.

Mas por que não consigo parar?

Sei que existem grandes opções nos cardápios vegetarianos.  Saladas que são maravilhosas.  Mas acredito que enquanto seres humanos colocarem pedaços de bichos dentro de latas, ficará mais difícil deixarmos esse hábito de lado. E continuaremos comprando os pedaços dos pobrezinhos como se fossem apenas ervilha enlatada.

Se é uma tradição, se somos bichos também, bichos que comem bichos, nos diferenciamos pela capacidade de pensar diferenciadamente, e de termos opções de decisão sobre escolhas que podem nos dar o mesmo grau de nutrição. Mas acho isso muito utópico.  Infelizmente.

É um desejo meu. Vamos ver ser consigo. Preciso decidir parar.



Sâmia





domingo, 29 de setembro de 2013

Gotinhas de remédio pra febre


Meu filhote já vai fazer dez anos. Uma década! Mas sempre será meu pequeno garoto... E me surpreende, pois  mesmo achando que esta crescendo e muitas vezes parecer “maduro” ainda solta umas pérolas...

Remédios lá em casa só ficaram fora do alcance de crianças  ate certa idade. Já quase um rapazinho e com tantas recomendações, os remédios ficam agora em uma gaveta na cozinha.

Há pouco tempo , quando em uma de  suas crises de garganta com direto a febre e tudo o mais, saí pra trabalhar controlando “de longe a temperatura”.  Com tantos a fazeres naquele dia, só lembrei  que a febre poderia ter subido quando cheguei em casa. Num pulo súbito gritei Yuri!!... “Meu filho como tá sua febre?? Vamos medir..” e tocando em sua testa vi que estava controlada. Um alívio pensei. Quando ele solta:

- Mamãe já tomei o remédio...

- Como assim Yuri? Tomou o remédio? Quem te deu?

- Eu!

Chega me deu um frio na espinha.

- Meu filho, pelo amor de deus quantas gotas você tomou?

 E ele desconfiado:

- Umas... umas  15...

Para a febre dele ser controlada, a dose seria de umas 25 gotas, e sabendo disso me tranquilizei.

- Yuri, ainda bem... Mas você NUNCA MAIS TOME REMÉDIO SOZINHO! Você pode ter uma intoxicação e bater no hospital!!!!!

O carão foi grande!! E tinha que ser pra não acontecer mais... Mas pra garantir, ainda me certifiquei do tanto colocado na colher. Como tinha passado já uma hora e ele estava bem, fiquei ok.

Quando de repente, arrependido, gritou do quarto dele:

- Eu não conteiiiiiiiiii!!!!!! Não contei as gotinhas!!!!!

A carinha de sofrimento era tanta, com medo de parar no hospital que tive uma crise de riso...

Nunca mais se atreveu a tomar nada sozinho.


(Lição numero 1: Precaução nunca é demais.
Lição numero 2: Apesar de estar crescendo, seu pequeno ainda é pequeno.
Lição numero 3:  De vez em quando é bom reperttirmos certas lições de novo).


Sâmia